Documentário GRUPO DOMO

Sobre o Grupo

O Grupo Domo foi fundado na cidade de Brasília em 1994, por seu diretor André Garcia, com alguns atores que se conheceram nos bastidores do projeto OFICENAS (dirigido pelo fundador do grupo “Asdrúbal Trouxe o Trombone”, Hamilton Vaz Pereira). André Garcia, Anderson Riedel e Mônica Amado deram início aos trabalhos, visando um aprofundamento na percepção da criação artística, nos meios para se concretizar uma obra. Assim, iniciou-se o desenvolvimento de um método próprio de trabalho, que envolvia em sua base o exercício estético e físico e a encenação.

O nome do Grupo, Domo, vem da forma latina, domus, que em princípio quer dizer “casa”. Também remete aos domos da arquitetura, aqueles das catedrais e prédios geodésicos, que, vistos de cima, tem a forma circular, a linha que parte de um ponto e se completa reencontrando a si mesma, fechando um ciclo, abrindo outro. Um símbolo de plenitude, que abrange, mas que também carrega em si mesmo a integridade do que é.

O Grupo vem ao longo de mais de duas décadas dando sua contribuição frente à produção da cena teatral brasiliense, procurando um viés próprio, uma vertente das artes de Dionísio ligada a uma forma intimista e autoral, ligada ao Teatro com T maiúsculo, pois ainda em mutação, ainda rito, em pesquisa, em aprofundamento, em contínuo re-encantamento.
Como uma casa aberta, que se renova com o passar de seus habitantes. Ao longo dos anos, o grupo já teve diversas formações e hoje conta com cinco integrantes fixos, além de diversos parceiros que acompanham as atividades e espetáculos.

O Grupo tem no currículo seis espetáculos teatrais: “O Grito” (1995), “O Grande Dormitório” (1997), “As Lavadeiras” (1999), “Dos Anjos e de Todos Nós” (2005) e “O Julgamento” (2008), e “Manhã” (2012), além de performances diversas no Brasil e também no exterior.

O Grupo vem desenvolvendo uma linha de pesquisa própria, baseada em um teatro autoral e reflexivo, sempre aberto para o experimento teatral, com enfoque no constante aperfeiçoamento do trabalho físico, sensível e vocal do ator.

O aspecto autoral realiza-se pela montagem de textos inéditos, escritos por integrantes do Grupo Domo, conferindo atualidade a cada montagem, o que permite localizá-la no contexto estético, social e histórico em que está inserida. Ao mesmo tempo, valoriza e fomenta a produção de dramaturgia nacional e contemporânea. Já o viés reflexivo do Grupo nasce pelo reconhecimento de que o teatro é uma arte vasta, múltipla e comunicativa, capaz de pôr em foco aspectos de nossa condição social e humana, levando-nos a outros espectros de percepção de nós mesmos.